Tinha a pele de palavras feita.
Ao toque dos lábios na nuca,
os poros em pânico,
o colo quente,
polegares encolhidos nos pés.
Gesto que abre a carne,
desnuda músculo em flor;
convolações em cada sarda
veia
pêlo
chaga.
Outro toque.
Terremoto,
e o gosto da alvura dos dentes.
Voz. Gesto. Tudo.
E as palavras correm
pela pele,
perfurando poros.
Ataque epiléxico,
alfabetos e bisturis em transe.
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